terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Resenha de Fogo Morto

RESENHA: Fogo Morto.
AUTOR: José Lins do Rego.
DATA DE PUBLICAÇÃO: 1943.
ESCOLA LITERÁRIA: 2ª Fase do Modernismo.
CARACTERÍSTICAS DA OBRA: É considerada um documento sociológico e histórico.
LINGUAGEM: Popular do Paraíba.

Personagens:
  • Mestre José Amaro: trabalhador branco e livre. Possui forte orgulho por sua cor. Sabe das explorações sociais vindouras dos senhores de engenho, mas não as aceita. Mesmo sem poder alterar a sociedade brasileira, não se deixa calar. Odeia o Coronel José Paulino.
  • Coronel Lula de Holanda: representa a aristocracia arruinada dos engenhos. Tem poder feudal e moral, mas não econômico. O resultado de sua queda foi isolamento e apoio religiosos.
  • Vitorino Carneiro da Cunha: plebeu que abstrai-se do título de capitão. Gordo, alegre, espirituoso, corajoso. Esta personagem assemelha-se a uma união entre Sancho Pança e Dom Quixote.
  • Tenente Maurício: caracteriza-se pelo opressor. Comanda uma tropa de homens mais temíveis do que os próprios cangaços.
  • Negro passarinho: escravo recém libertado com vício em bebida.
  • Coronel José Paulino: Senhor de engenho rico e oportunista politicamente. Seu poder o faz destacar-se.
  • O cego torquato: personagem de ligação do cangaceiro Antônio Silvino.
  • Antônio Silvino: Cangaceiro, apoiado pelo seleiro, José Amaro.
  • Cabra Alípio: personagem extremamente devoto ao cangaço.
  • Adriana: esposa de Vitorino Carneiro da Cunha.
  • Sinhá: esposa de José Amaro. É odiada pelo marido em seus momentos de cólera.
  • Dona Amélia: esposa do Coronel Lula de Holanda. Representa a aristocracia feudal feminina. Moça prendada, educada na cidade e, agora, presa a tristeza do sertão nordestino.                                                         
Resenha:
Romance de feição realista, "Fogo Morto" é a décima obra de José Lins do Rego. Sendo a consagração do escritor, a obra é de cunho sociológico, sendo o foco as mudanças no Nordeste brasileiro desde o 2º Reinado ao início do século XX. O clímax se dá com a luta entre Senhores de Engenho e a Industrialização. Com a forte entrada industrial e aumento lucrativo no país, os Senhores de Engenho passaram ao pano de fundo, cultivando suas economias e terras de pouco valor, tratando-se de um "Fogo Morto".
O romance é a expressão cultural pois trata-se das diferenças e relações entre a Casa Grande e as Senzalas, como se estes estereótipos sociais fossem consequência do relacionamento entre ambas as classes.
Vídeos:

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Alma.


 A alma é uma criança aprisionada em um boneco de madeira. Enquanto milhares de pessoas olham aquele objeto engessado, a alma pulsa loucamente para que tentem perceber sua luz. Ela grita, embora ninguém a escute. Ela gesticula loucamente, mas ninguém nota. Por fim, se cala. A alma não morre, ela adormece...Esquece-se de sua própria limitação e deixa que aquele corpo rígido e bestial tome as rédeas do que poderia ser uma vida. A alma é mais do que orgulho. É amor. Enquanto o sol continua seu show, a alma espera um momento de glória, espera ser vida. Quando, finalmente consegue libertar-se é porque os moldes não bastaram. A alma é uma criança aprisionada em um boneco de madeira. Feliz.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

As resenhas estão de volta!


  Este ano de 2012 foi um tanto quanto pesado para mim. Muito tempo estudando e pouco tempo me divertindo. Apesar de todo o esforço não consegui alcançar meu objetivo: entrar na faculdade. Entretanto, tive pessoas maravilhosas que me deram apoio e me ajudaram a redescobrir minha força. Enfim, ano passado fiz uma resenha sobre cada obra do vestibular UFPR com objetivo de ajudar não apenas em minha memorização, mas auxiliar a outros vestibulandos (também conhecidos como sofredores rs). Hoje esta postagem traz a nova lista de livros e as obras que continuam na lista (já fiz grande parte destas resenhas). Anexarei aqui as resenhas já feitas e postarei o restante com o tempo. Desejem-me boa sorte e que venha o vestibular! 

Lista de livros UFPR: 
" * " indica que a resenha ainda não foi postada.

A última quimera (Ana Miranda)*

Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)*

Fogo morto (José Lins do Rego)*

Os dois ou o Inglês maquinista (Luís Carlos Martins Pena) http://www.moinhodeverso.blogspot.com.br/2012/03/os-dois-ou-o-ingles-maquinista.html

O bom crioulo (Adolfo Caminha)*

Poemas escolhidos de Gregório de Matos (José Miguel
domingo, 16 de dezembro de 2012

Haiku


Hoje conheci 
a pessoa mais triste do mundo.
Ela sorriu.
domingo, 7 de outubro de 2012

Em busca de quê?


Quando sonhar já não supre, socorra-te. Grite por si mesmo (e tente não se perder). Porque o sonho, veja bem, é um espécie de bicho. Bicho este que cresce e ilude. Dá forças inimagináveis para manter o rumo. Mas não te conta sobre a queda. No entanto, àqueles que fogem de seus próprios sonhos não entendem a beleza de se desiludir. Não é hipocrisia barata (será?). É simples ver mas difícil de acreditar: para respirar é preciso ter um objetivo. O mesmo ocorre em nossas histórias: para viver é preciso ter um sonho. Não tem que ser doce demais ou amargo de menos. Tem que ser sonho. Daqueles que se encontra de supetão. Olhando nos olhos e assustando-se com algo tão seu. É tanta semelhança que chega a dar arrepios. Mas o anseio de sonhar é maior do que qualquer medo. Essa é a vantagem de se compreender que onde há luz também há sombra: aprende-se a conviver com o obscuro de se sonhar. Talvez seja apenas isso: uma repetição eterna das mesmas palavras, das mesmas histórias, dos mesmos monstros...Tenha força para olhá-los nos olhos, caro amigo. Vale a pena levar tombos, se após isso tua reação for limpar os joelhos e buscar um novo rumo. Agora dê-me licença pois vou encontrar com meu monstro, ops, sonho.
sexta-feira, 13 de julho de 2012

Deus segundo Spinoza



"Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste
comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."

sábado, 7 de julho de 2012

Literalmente

Hoje é dia de Rascunho, caros leitores!
Primeiro: O Rascunho é um jornal paranaense sobre literatura, senhores. Eu, como leitora assídua, me senti traindo o blog sem colocar sequer uma novidade sobre essa maravilha que acompanho. Tenho certeza que vocês adorarão (conto com a possibilidade de gostarem, no mínimo, de literatura crítica).
"Ah, mas você vai postar trezentos tipos de textos aqui?"...Não! Hoje trago-lhes algo mais rápido e, na minha mera opinião, mais eficaz do que muitas palavras bem escritas (ou digitadas, no caso).
Sem mais delongas, eis aqui a genialidade de Marco Jacobsen: