quarta-feira, 6 de março de 2013

RESENHA DE CLARO ENIGMA


RESENHA: Claro Enigma.
AUTOR: Carlos Drummond de Andrade.
DATA DE PUBLICAÇÃO: 1951.
ESCOLA LITERÁRIA:  3ª Fase do Modernismo.
CARACTERÍSTICAS DA OBRA: Uso da métrica rigorosa na poesia.
LINGUAGEM: Poética.
 
 Nesta obra, Drummond passa a focar temas abstratos como solidão, vida, morte e humanidade em geral. O isolamento rotineiro e tédio fazem desta obra modernista uma referência ao existencialismo niilista. O "Claro Enigma" é dividido em seis partes, sendo caracterizadas da seguinte maneira:
I) Entre o Lobo e o Cão: na primeira parte do livro as poesias Drummondianas remetem à efemeridade da vida. É neste capítulo que encontra-se o soneto "Oficina Irritada", tendo a primeira referência ao termo Claro Enigma, com sentido de um desafio fácil (pode-se referir ao fato de criar o próprio poema).
II) Notícias Amorosas: Durante a segunda parte há referência ao amor puro e apaixonado, às tristezas e memórias reunidas durante o caminho vivido.
III) O menino e os Homens: Há passagem da fase infantil para a morte precoce (no sentido figurado), tendo em vista a adaptação humana e acomodação na rotina.
IV) Selo de Minas: referência à inconfidência mineira.
V) Os lábios cerrados: mais um capítulo citando solidão, tristeza e consequente fim do ser humano sem ter realmente aproveitado a vida.
VI) A máquina do mundo: Percebe-se um elo entre natureza e criações humanas, sempre com o quesito fim sendo trazido à baila. 
 
Drummond mostra nesta obra a facilidade em chocar e seduzir os leitores ávidos e adocicar fatos cotidianos. Demonstra a passagem do tempo e nos encanta com sua combinação de delicadeza e veracidade. Carlos Drummond de Andrade prova sua realidade aos olhos mais astutos.