A alma é uma criança aprisionada em um boneco de madeira. Enquanto milhares de pessoas olham aquele objeto engessado, a alma pulsa loucamente para que tentem perceber sua luz. Ela grita, embora ninguém a escute. Ela gesticula loucamente, mas ninguém nota. Por fim, se cala. A alma não morre, ela adormece...Esquece-se de sua própria limitação e deixa que aquele corpo rígido e bestial tome as rédeas do que poderia ser uma vida. A alma é mais do que orgulho. É amor. Enquanto o sol continua seu show, a alma espera um momento de glória, espera ser vida. Quando, finalmente consegue libertar-se é porque os moldes não bastaram. A alma é uma criança aprisionada em um boneco de madeira. Feliz.
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
O sorriso
Enquanto a cidade se mantém num caos cotidiano eu, que um dia serei adubo aos narcisos, fico sem ar frente o punhado de versos guturais. Sorrio diante minha própria ignorância humana. Não sei organizar minhas palavras para podê-las expressar senão no papel e, mesmo assim, não digo tudo. Sinto vontade de sentar à soleira da janela e o faço. Lá fora há transeuntes num passo frenético. Despontam expressões que apenas uma louca como eu poderia tentar compreender. De certa forma, todos sorriem para a vida. Afinal de contas, amanheceu. Ah, o sorriso. Ele tem mil formas e sentidos e, ainda assim, é apenas sorriso. Tem aqueles que nascem nos olhos e se demoram na face até morrer nos lábios. Outros que são amarelados ou polidos. Existem os que deduram a mentira ou o desejo. Alguns acompanham as lágrimas. Tem os que de tão sorriso viram gargalhada. E, por fim, aqueles que só existem para encantar, vivendo nos cantos de lábios. O que faz do sorriso algo tão especial é a maneira com que o indivíduo o usa. Após tal reflexão me pego sorrindo novamente. E se nós, humanos, tivéssemos a capacidade de sorrir como as crianças? Bem, nós temos o método. Mas nos falta a vontade. Como os seres mais inteligentes da Terra deveríamos procurar menos motivos e mais naturalidade. Quem sabe assim, com cada sorriso não podemos fazer feliz o dia de um outro alguém? Pois eu sei que se sorrio a um estranho na rua esse mesmo riso poderá voltar para mim através da disseminação. Não custa tentar. E, viu leitor, talvez você não me veja hoje, amanhã ou semana que vem...Mas saiba que estarei te sorrindo através de cada verso meio meu, meio teu. Você pode entregá-lo a um outro alguém? Obrigada.
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segunda-feira, 28 de novembro de 2011
É-se. Sou-me. Tu te és.
O instante acaba de acontecer e você nem ao menos fechou os olhos e fez um pedido. Sim, desejo cheio de pureza. Momento de lucidez e escuridão. Passou...Passou...Passou. Vai sorrir quando o próximo segundo findar? Vai lembrar da primeira ideia, aquela por detrás do pensamento? A canção está devorando sua estupidez enquanto minhas palavras te mostram um emaranhado sem fim. Uma pergunta rondando: quem sou eu? A resposta é simples: sou. Independentemente do que você lê. Eu sou o que tento descobrir. A cada segundo que passa...que passou mais uma vez. Querendo a palavra última que já se confunde com a primeira. Se bagunçando no real de uma mente à esquerda de quem entra e faz estremecer o mundo. O instante passará, o que você sonhará ao fim da oração?
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domingo, 13 de novembro de 2011
Teu sorriso te declara, teu segredo só te faz refém

Ah palhacinho! Sorri pro mundo de coração. Teu nariz rubro faz a alegria de crianças, de corpo e alma. Mas quando você chora, meu querido, o mundo fica cinza. Não por notarem tua tristeza, pois seus gracejos continuam intactos. Mas por uma lágrima solitária que lhe dança na face. Olha pra mim, palhacinho, mostre-me o segredo dos seus olhos escuros e ternos. Conta tua vida agridoce, cheia de sol e dia nublado. Descubra-te deste manto cruel de vida cotidiana e deixa o espírito correr livre, contagiante. E me faz feliz. Nasce, meu palhaço. Existe, meu Pierrot. Chora da dança maldita que todos ritmamos, mas depois lembra que seu sorriso salva os passos. Sente a dor momentânea, pois amanhã você lembrará do calor dos raios de sol na tua janela. E vai sorrir.
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Poema das Onze e meia

"Vozes bailam em minha mente
Dançam a valsa do amanhecer
O bolero da tarde
E embalam um ninar junto à lua.
Quando o sorriso me brota
Ouço sons afinados de alegria
Se a lágrima cai
Sinto o burburinho do alento
E ao ouvir outras vozes, elas respondem:
- "Gosto tanto, tanto quanto, como quando..."
Calam as vozes.
Algumas vezes sinto que me faltam
Outras me deixam livre demais
Em outros momentos são abafadas
Pelo choro mudo, pelas cordas vocais
Pelo som da gargalhada.
Mas nem sempre as ouço
Porque, apesar dos pesares
Existem vozes que me gritam de fora:
-"Amo tanto, tanto quanto, sem ter quando..."
São vozes familiares aos ouvidos
Doces do coração
Amigas d'alma
Sim. Vozes bailam em minha mente
Dançam a valsa do amanhecer
O bolero da tarde
Embalam o sonhar das onze e meia
E eu durmo de embriaguez...
SO....NO....LEN...TA!"
Dançam a valsa do amanhecer
O bolero da tarde
E embalam um ninar junto à lua.
Quando o sorriso me brota
Ouço sons afinados de alegria
Se a lágrima cai
Sinto o burburinho do alento
E ao ouvir outras vozes, elas respondem:
- "Gosto tanto, tanto quanto, como quando..."
Calam as vozes.
Algumas vezes sinto que me faltam
Outras me deixam livre demais
Em outros momentos são abafadas
Pelo choro mudo, pelas cordas vocais
Pelo som da gargalhada.
Mas nem sempre as ouço
Porque, apesar dos pesares
Existem vozes que me gritam de fora:
-"Amo tanto, tanto quanto, sem ter quando..."
São vozes familiares aos ouvidos
Doces do coração
Amigas d'alma
Sim. Vozes bailam em minha mente
Dançam a valsa do amanhecer
O bolero da tarde
Embalam o sonhar das onze e meia
E eu durmo de embriaguez...
SO....NO....LEN...TA!"
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Palavra vã, loucura sã.

Já escrevi tanto. As palavras estão se gastando. Os sinônimos faltam. Os olhares se derretem por hora. E eu sempre querendo meu sossego. Meu acalanto, o meu bem. Não vou revolucionar sua cabeça. Não quero mudar a tua concepção de vida. Só espero que minhas palavras não passem em branco por você. Na verdade, nem sei mesmo se espero isso. Cada um com seu cada um. E eu com a minha confusão de cada dia. Eu vou sentir o máximo possível e para sempre. Não importa o que você me diga. Eu sou assim. Bicho estranho. Mas, pensando bem, estranhos são vocês. Sim, vocês. Me dizem coisas lindas sobre a vida, mas não me olham nos olhos. Seguram minhas mãos no frio, no verão não me dirigem a palavra. E quando eu, que vocês chamam de amiga, tento dizer o que penso dessa hipocrisia barata, escuto milhares de pedras caindo sobre minha cabeça. Mas vocês deixaram de ser hipócritas ao se acomodarem? Por acaso preferiram deixar o papel social de lado para descobrir o próximo? Não. Pelo contrário, viraram bonecos tortos que se vendem sem qualquer argumento. Eu vou viver minha confusão, e você tente sair do marasmo sozinho. Ou então me deixe sentir a vida, sem sua ignorância rondando meu teto de vidro.
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011
O último trago

"Um sorriso para adocicar as tardes de dor
Uma lágrima para equilibrar a alegria extrema
Um abraço apertado para demonstrar saudade
Mãos leves para enlaçar os dedos frios
Olhares ingênuos aos bons amigos
Leitura para exceder a realidade
Discussão para se manter de pés no chão
Música para ouvidos ávidos de melodia
Luz para um amanhecer
Escuridão ao fechar de olhos
Confusão para se descobrir
Argumentos para se denfender
Alinhamento ao além.
Fonemas aveludados aos momentos tristes
Gritos de libertação para os dias de sol
Café para os nublados de alma
Vida aos otimistas
Amor aos sonhadores
Razão para os realistas
E, por favor, dê-me mais uma dose de paciência
Que para enfrentar a explosão de pessoas
Será meu último trago!"
Olhares ingênuos aos bons amigos
Leitura para exceder a realidade
Discussão para se manter de pés no chão
Música para ouvidos ávidos de melodia
Luz para um amanhecer
Escuridão ao fechar de olhos
Confusão para se descobrir
Argumentos para se denfender
Alinhamento ao além.
Fonemas aveludados aos momentos tristes
Gritos de libertação para os dias de sol
Café para os nublados de alma
Vida aos otimistas
Amor aos sonhadores
Razão para os realistas
E, por favor, dê-me mais uma dose de paciência
Que para enfrentar a explosão de pessoas
Será meu último trago!"
segunda-feira, 7 de março de 2011
Um romance improvável...

Anoitecia.O céu ganhava uma coloração rósea, linda e pura.Ele esperava o menor gesto,apenas um sinal bastava...Ela esperava a ficha cair.Já se passara um ano desde que se viram a primeira vez.Foi numa praia mansa...Com o mesmo anoitecer.Ele a viu e pensou consigo mesmo que era a pessoa mais linda que ele já vira.Ela não o percebeu de início...Só depois de ele entregar-lhe aquela flor...Ah, como é bela aquela florzinha, pensa ela, aquela que está guardada dentro de meu romance predileto. Naquela noite eles se apaixonaram.Foi necessário apenas um olhar e uma piada mal contada para que estivessem unidos para sempre.Combinaram de se ver no outro dia, ambos estavam de férias por ali.Foi a noite mais longa que existiu para os dois. Eram 8:00 da manhã e ela não estava lá..."Por que não estava lá?".Ele não sabia nada sobre aquela garota, só que possuía o sorriso mais belo e a gargalhada mais gostosa.E mesmo assim estava apaixonado..."Por quê?" Agora já fazia um ano que eles haviam se conhecido.As coisas não haviam mudado muito.Exceto pelo fato de que ambos se procuravam em meio a multidão e que ele recebera uma certa carta sem remetente, apenas dizendo"Serás para mim o único no mundo e eu serei para ti única no mundo".Ele ansiou ter tido coragem naquela manhã para procurá-la, não deixá-la partir sem um adeus.Sabia de quem vinham àqueles versos.
Mas tudo se resolveria naquele momento.Eles estavam a uma distância de 20 metros apenas.Seus corações estavam acelerados, acompanhando o som das ondas iguais as daquele tempo não muito distante. Ela deu os primeiros passos, mas quando percebeu já estava abraçada aquele que procurou por um ano inteiro.Ele não tinha palavras e nem as achava necessárias naquele momento.
Ficaram assim pelo que pareceu uma eternidade, até que se soltaram, devagarinho...quase que sem querer.
---Por que você não veio naquele dia? - perguntou ele, cheio de esperanças de que tivesse acontecido uma tragédia, uma razão plausível ao seu sofrimento.
---Pois temi...
---Temeu o quê? A quem?
---Senti medo daquilo que todos procuram...Medo de sentir o que me fez tanta falta...
---Você sentiu medo de se apaixonar?
---Não...Senti medo de te amar...Mas agora sei que não tenho o que temer.Tentei me enganar por todo este tempo.Tentei não te procurar ou chorar todas as noites de saudade do que poderia existir.
---Você não precisa temer, minha querida.Só saiba que eu não deixarei nada te ferir jamais...Foi apenas uma noite, mas eu sei que foi o bastante para te amar por toda a vida.
E ela sabia disso...Agora sim, ela tinha certeza.
Ficaram assim pelo que pareceu uma eternidade, até que se soltaram, devagarinho...quase que sem querer.
---Por que você não veio naquele dia? - perguntou ele, cheio de esperanças de que tivesse acontecido uma tragédia, uma razão plausível ao seu sofrimento.
---Pois temi...
---Temeu o quê? A quem?
---Senti medo daquilo que todos procuram...Medo de sentir o que me fez tanta falta...
---Você sentiu medo de se apaixonar?
---Não...Senti medo de te amar...Mas agora sei que não tenho o que temer.Tentei me enganar por todo este tempo.Tentei não te procurar ou chorar todas as noites de saudade do que poderia existir.
---Você não precisa temer, minha querida.Só saiba que eu não deixarei nada te ferir jamais...Foi apenas uma noite, mas eu sei que foi o bastante para te amar por toda a vida.
E ela sabia disso...Agora sim, ela tinha certeza.
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Lágrimas do mundo...

"Chorar...
Tão simples , belo tal qual flor
Efêmero
Mas capaz de desanuviar da dor
Chora-se de tantas maneiras
Chora-se só para não estar calado
Chora-se junto para se ter amado
Mas sempre se chora...
As lágrimas podem correr mansinhas
Descer pelo rosto gravando ternura
Outras são como desespero
Formando rios de amargura
Há também os que choram de alegria
Ou os que de cócegas choram de fato
Porém, o chorar é sempre chorar
Mesmo que de amor, o mais sincero ato"
Efêmero
Mas capaz de desanuviar da dor
Chora-se de tantas maneiras
Chora-se só para não estar calado
Chora-se junto para se ter amado
Mas sempre se chora...
As lágrimas podem correr mansinhas
Descer pelo rosto gravando ternura
Outras são como desespero
Formando rios de amargura
Há também os que choram de alegria
Ou os que de cócegas choram de fato
Porém, o chorar é sempre chorar
Mesmo que de amor, o mais sincero ato"
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Meu querer...
"Quero uma gargalhada gostosa
Uma frase sem sentido
Quero uma piada sem graça
Alguém que queria ter sido
Quero meu sorriso predileto
E o olhar mais bonito
Quero brigar com alguém
Quero brigar por alguém
Depois quero abraçá-lo
Para dizer que o amo e ficará tudo bem
Quero um turbilhão de informações
Àquelas que me deixam tonta
Quero não ter más impressões
Quero pagar a conta
Queria não ter que querer
Eu queria mesmo ser
Quero saber somente
Se lembrará de tudo como eu
Pelo menos enquanto viver"
Uma frase sem sentido
Quero uma piada sem graça
Alguém que queria ter sido
Quero meu sorriso predileto
E o olhar mais bonito
Quero brigar com alguém
Quero brigar por alguém
Depois quero abraçá-lo
Para dizer que o amo e ficará tudo bem
Quero um turbilhão de informações
Àquelas que me deixam tonta
Quero não ter más impressões
Quero pagar a conta
Queria não ter que querer
Eu queria mesmo ser
Quero saber somente
Se lembrará de tudo como eu
Pelo menos enquanto viver"
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domingo, 12 de dezembro de 2010
Uma dúvida necessária
"Será o amor um sentimento
Ou será mera fantasia
Será lua dos namorados
Ou somente poesia
Me diga então, se és capaz
É possível definir amor
Coisa tão mordaz
Mesmo quando belo como flor
Será culpa dos amantes
Fazer de tal coisa inestimável
Tal como diamantes
Um sonho, ao fim detestável
Pereço procurando palavras
Tentando decifrar este poema
Mas quando enfim a resposta encontrar
Nada mais valerá a pena"
Ou será mera fantasia
Será lua dos namorados
Ou somente poesia
Me diga então, se és capaz
É possível definir amor
Coisa tão mordaz
Mesmo quando belo como flor
Será culpa dos amantes
Fazer de tal coisa inestimável
Tal como diamantes
Um sonho, ao fim detestável
Pereço procurando palavras
Tentando decifrar este poema
Mas quando enfim a resposta encontrar
Nada mais valerá a pena"
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sábado, 11 de dezembro de 2010
Os olhos
"Eles expressam mais que palavras
Encantam
Reprovam
Livram lágrimas
Eles acalentam
Sorriem
Abraçam
Aquecem o coração
Permitem compreender
Dizem "Eu te amo"
Demonstram ternura
Perdoam
Eles também mostram a dor
O íntimo do indivíduo
A maldade
O descaso
Os olhos mostram a alma
Cantam bela melodia
Existem em simples ser
Os olhos são poesia"
Encantam
Reprovam
Livram lágrimas
Eles acalentam
Sorriem
Abraçam
Aquecem o coração
Permitem compreender
Dizem "Eu te amo"
Demonstram ternura
Perdoam
Eles também mostram a dor
O íntimo do indivíduo
A maldade
O descaso
Os olhos mostram a alma
Cantam bela melodia
Existem em simples ser
Os olhos são poesia"
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