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Irei, assim como tu. E não será esse o sentido da corrente? Somos arrastados pelas águas da vida, sem saber o modo ou destino. Sentimos apenas os braços frios d'água, que nos amedrontam e acolhem periodicamente ou as labaredas flamejantes de uma esfera loura. Sem endereço ou direção, mas com o eterno deleite do momento, acompanhado de incontáveis e exuberantes tragos de uma bebida chamada dúvida. Mãe de todos os vícios, capaz de inebriar qualquer ser pensante, causando incerteza sobre o sentido que leva ao céu ou ao abismo. Meu maior prazer é nada saber desse destino meu, mas ter certeza de minha própria capacidade de duvidar. Sinto o calor da brasa e os braços gélidos. No entanto, nada me importa mais do que a brisa que me toca os cabelos ou a chuva que me acaricia o rosto. Eu irei, assim como tu. Rumo ao já desnudo fim.
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