RESENHA: Fogo Morto.
AUTOR: José Lins do Rego.
DATA DE PUBLICAÇÃO: 1943.
ESCOLA LITERÁRIA: 2ª Fase do Modernismo.
CARACTERÍSTICAS DA OBRA: É considerada um documento sociológico e histórico.
LINGUAGEM: Popular do Paraíba.
Personagens:
- Mestre José Amaro: trabalhador branco e livre. Possui forte orgulho por sua cor. Sabe das explorações sociais vindouras dos senhores de engenho, mas não as aceita. Mesmo sem poder alterar a sociedade brasileira, não se deixa calar. Odeia o Coronel José Paulino.
- Coronel Lula de Holanda: representa a aristocracia arruinada dos engenhos. Tem poder feudal e moral, mas não econômico. O resultado de sua queda foi isolamento e apoio religiosos.
- Vitorino Carneiro da Cunha: plebeu que abstrai-se do título de capitão. Gordo, alegre, espirituoso, corajoso. Esta personagem assemelha-se a uma união entre Sancho Pança e Dom Quixote.
- Tenente Maurício: caracteriza-se pelo opressor. Comanda uma tropa de homens mais temíveis do que os próprios cangaços.
- Negro passarinho: escravo recém libertado com vício em bebida.
- Coronel José Paulino: Senhor de engenho rico e oportunista politicamente. Seu poder o faz destacar-se.
- O cego torquato: personagem de ligação do cangaceiro Antônio Silvino.
- Antônio Silvino: Cangaceiro, apoiado pelo seleiro, José Amaro.
- Cabra Alípio: personagem extremamente devoto ao cangaço.
- Adriana: esposa de Vitorino Carneiro da Cunha.
- Sinhá: esposa de José Amaro. É odiada pelo marido em seus momentos de cólera.
- Dona Amélia: esposa do Coronel Lula de Holanda. Representa a aristocracia feudal feminina. Moça prendada, educada na cidade e, agora, presa a tristeza do sertão nordestino.
Resenha:
Romance de feição realista, "Fogo Morto" é a décima obra de José Lins do Rego. Sendo a consagração do escritor, a obra é de cunho sociológico, sendo o foco as mudanças no Nordeste brasileiro desde o 2º Reinado ao início do século XX. O clímax se dá com a luta entre Senhores de Engenho e a Industrialização. Com a forte entrada industrial e aumento lucrativo no país, os Senhores de Engenho passaram ao pano de fundo, cultivando suas economias e terras de pouco valor, tratando-se de um "Fogo Morto".
O romance é a expressão cultural pois trata-se das diferenças e relações entre a Casa Grande e as Senzalas, como se estes estereótipos sociais fossem consequência do relacionamento entre ambas as classes.
Vídeos:
Fontes de pesquisa:
- http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/fogo-morto-resumo-do-livro-de-jose-lins-do-rego.htm
- http://www.mundovestibular.com.br/articles/2437/1/FOGO-MORTO---Jose-Lins-do-Rego-Resumo/Paacutegina1.html